Por que parte da maior praia do Brasil está interditada por lama? Entenda
Parte da maior praia do Brasil está interditada por lama Cerca de dois quilômetros da Praia do Cassino, em Rio Grande, Região Sul do RS, foram bloqueados ap...
Parte da maior praia do Brasil está interditada por lama Cerca de dois quilômetros da Praia do Cassino, em Rio Grande, Região Sul do RS, foram bloqueados após o trecho ser tomado por lama. 🏖️ A maior praia do Brasil é a faixa contínua de areia que vai do Cassino até a Barra do Chuí, com aproximadamente 218 km de extensão. Embora ela receba nomes diferentes conforme os municípios (Cassino, em Rio Grande, e Hermenegildo, em Santa Vitória do Palmar), trata-se de uma única extensão. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp A área afetada pela lama fica entre as ruas Rio de Janeiro e o Canal Farroupilha. Para sinalizar o trecho, foram erguidas barreiras de areia, que funcionam como pequenos muros para delimitar a região. A Prefeitura informou que vai instalar placas alertando sobre a proibição de banho e também restringir a circulação de veículos no local. Trecho com lama na Praia do Cassino, no RS Reprodução/ RBS TV Mas por que isso aconteceu? Segundo Osmar Olinto Möller Junior, professor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), o fenômeno está ligado ao transporte natural de sedimentos da Lagoa dos Patos para o mar: "A gente monitora isso de maneira bem contínua e a lagoa é capaz de, em um dia, lançar toneladas de sedimentos no mar. Isso forma um depósito que depois, principalmente tempestades fortes, vão transportando para perto da praia", explica. Ele ainda descartou qualquer relação com a draga usada na região: “A draga é monitorada, vai para o ponto de despejo, não lança sedimento no caminho. Ela tem que ir ao sítio de despejo. Eu descarto totalmente essa questão", expõe. 🔍 Uma draga é um tipo de equipamento utilizado para tirar areia, lama e outros materiais do fundo das águas. Em resumo, serve para manter os canais navegáveis e evitar que acumule sujeira. A Portos RS também afirmou que o acúmulo de lama não tem ligação com a dragagem em andamento na região. A empresa disse ainda que acompanha regularmente o comportamento do bolsão de lama, a área de despejo e as condições de operação da draga. Impacto para moradores e turistas Com a chegada da temporada de verão, comerciantes e frequentadores já sentem os efeitos: “Agora chega a época de turismo, atrapalha os comércios, quem quer vender aqui, os ambulantes, até o meio ambiente. É uma reflexão do que está acontecendo no mundo agora”, disse a estudante Maria Luiza Morgenstern Menezes. Para quem vai à praia diariamente, o problema é ainda mais visível: “É incômodo para os banhistas. Inclusive, eu frequento diariamente a praia e já vi até senhoras e crianças caírem no solo devido a escorregarem na lama”, contou Adão Luis Alves da Silva, aposentado. VÍDEOS: Tudo sobre o RS